Mecânico se passa por ginecologista e examina mulheres em Indaiatuba
O "doutor Paulo", não era Paulo e muito menos doutor. Porém, se passou por ginecologista no Hospital Oliveira Camargo, em Indaiatuba, e fez "exames" de toque em duas mulheres - uma adolescente de 15 anos que está no terceiro mês de gravidez e em uma jovem de 21 anos que deu à luz a um menino na última quarta-feira. O falso médico foi preso dentro do hospital. Trata-se do mecânico de carros Cristian Wagner Cabral, de 29 anos, casado, morador em Indaiatuba. Ele foi autuado em flagrante por atentado violento ao pudor mediante fraude e ficou preso.
A Polícia investiga se Cabral agiu em outras unidades hospitalares. E também deverá apurar uma acusação feita por Tarciana Karla Carvalho, de 21 anos, uma das vítimas. Ela alega que o acusado chegou a sugerir que iria levar o filho dela "para uma outra sala" porque pretendia "fazer uma consulta".
O falso médico entrou no hospital localizado na Avenida Francisco de Paula Leite, no Jardim Pedroso, por volta das 14 horas. Vestindo uma camisa branca e calça jeans Cabral "atendeu" a primeira paciente do hospital na ala de maternidade. A adolescente P., de 15 anos, grávida há três meses, foi levada para a sala de consulta. Segundo a policia, com base nas declarações da adolescente, o falso médico disse chamar-se "doutor Paulo" e passou as mãos nos seios nus da adolescente e ainda, usando luvas cirúrgicas, introduziu dedos na vagina.
A farsa foi descoberta quando terminou a "consulta". A adolescente estava saindo quando o verdadeiro médico chegou e chamou a paciente. Ela disse que já havia sido "consultada". E descreveu as características físicas do "doutor Paulo". Os seguranças do hospital e guardas municipais foram avisados.
O acusado foi preso no estacionamento do hospital quando tentava embarcar em seu carro importado, de fabricação Daewoo Espero, marca DLX, ano 94, preto. Recebeu voz de prisão. Foi quando funcionários do hospital e os guardas ficaram sabendo que o falso médico havia estado no quarto 9 onde abusou de Karla.
"Ele parecia médico. É um rapaz bonito, bem vestido, cabelos compridos e que falava calmamente. Eu estranhei porque ele insistiu em fazer o exame de toque e senti dores. Também achei estranho que o tal médico não anotou nada e eu conheço todos os médicos do hospital", disse a jovem que, mora no Parque das Nações.
O delegado Carlos Donizete Faria de Souza, titular da Polícia Civil em Indaiatuba, autuou em flagrante o acusado com base no artigo 216 do Código Penal (atentado ao pudor mediante fraude). "Ele foi autuado em flagrante e não quis prestar depoimento reservando-se ao direito de falar somente diante de um Juiz", explicou o delegado. Cabral foi encaminhado para uma das unidades do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia.
Segundo o policial, será investigada a possibilidade de Cabral ter agido da mesma maneira em outros hospitais. "A naturalidade dele chamou a atenção. Ninguém age daquela forma numa primeira vez. Foi convincente, falou alguns termos médicos e até perguntou das pacientes de outros colegas" , disse o delegado.
O diretor técnico do hospital, Edmir Deberaldini, disse nesta segunda-feira que o caso está sendo avaliado. "Precisamos apurar se houve algum tipo de falha na segurança. Foi um fato inusitado que surpreendeu a todos. Porém, a ação dos funcionários foi rápida e o acusado foi preso em flagrante" , comentou.
Segundo Deberaldini, em média 450 pessoas passam diariamente pelo pronto socorro e pelo pronto atendimento. "Vamos apurar se essa pessoa entrou com o argumento de visitar alguém", disse. O diretor-técnico disse que o Departamento Jurídico dará "suporte necessário ao Ministério Público, responsável pela acusação".
A Polícia investiga se Cabral agiu em outras unidades hospitalares. E também deverá apurar uma acusação feita por Tarciana Karla Carvalho, de 21 anos, uma das vítimas. Ela alega que o acusado chegou a sugerir que iria levar o filho dela "para uma outra sala" porque pretendia "fazer uma consulta".
O falso médico entrou no hospital localizado na Avenida Francisco de Paula Leite, no Jardim Pedroso, por volta das 14 horas. Vestindo uma camisa branca e calça jeans Cabral "atendeu" a primeira paciente do hospital na ala de maternidade. A adolescente P., de 15 anos, grávida há três meses, foi levada para a sala de consulta. Segundo a policia, com base nas declarações da adolescente, o falso médico disse chamar-se "doutor Paulo" e passou as mãos nos seios nus da adolescente e ainda, usando luvas cirúrgicas, introduziu dedos na vagina.
A farsa foi descoberta quando terminou a "consulta". A adolescente estava saindo quando o verdadeiro médico chegou e chamou a paciente. Ela disse que já havia sido "consultada". E descreveu as características físicas do "doutor Paulo". Os seguranças do hospital e guardas municipais foram avisados.
O acusado foi preso no estacionamento do hospital quando tentava embarcar em seu carro importado, de fabricação Daewoo Espero, marca DLX, ano 94, preto. Recebeu voz de prisão. Foi quando funcionários do hospital e os guardas ficaram sabendo que o falso médico havia estado no quarto 9 onde abusou de Karla.
"Ele parecia médico. É um rapaz bonito, bem vestido, cabelos compridos e que falava calmamente. Eu estranhei porque ele insistiu em fazer o exame de toque e senti dores. Também achei estranho que o tal médico não anotou nada e eu conheço todos os médicos do hospital", disse a jovem que, mora no Parque das Nações.
O delegado Carlos Donizete Faria de Souza, titular da Polícia Civil em Indaiatuba, autuou em flagrante o acusado com base no artigo 216 do Código Penal (atentado ao pudor mediante fraude). "Ele foi autuado em flagrante e não quis prestar depoimento reservando-se ao direito de falar somente diante de um Juiz", explicou o delegado. Cabral foi encaminhado para uma das unidades do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia.
Segundo o policial, será investigada a possibilidade de Cabral ter agido da mesma maneira em outros hospitais. "A naturalidade dele chamou a atenção. Ninguém age daquela forma numa primeira vez. Foi convincente, falou alguns termos médicos e até perguntou das pacientes de outros colegas" , disse o delegado.
O diretor técnico do hospital, Edmir Deberaldini, disse nesta segunda-feira que o caso está sendo avaliado. "Precisamos apurar se houve algum tipo de falha na segurança. Foi um fato inusitado que surpreendeu a todos. Porém, a ação dos funcionários foi rápida e o acusado foi preso em flagrante" , comentou.
Segundo Deberaldini, em média 450 pessoas passam diariamente pelo pronto socorro e pelo pronto atendimento. "Vamos apurar se essa pessoa entrou com o argumento de visitar alguém", disse. O diretor-técnico disse que o Departamento Jurídico dará "suporte necessário ao Ministério Público, responsável pela acusação".
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